sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vizinhos que morreram após briga por causa de barulho discutiam frequentemente, dizem testemunhas

Empresário entrou armado em um apartamento de Alphaville, matou um casal e depois se matou

As brigas entre os vizinhos, que morreram após uma discussão por causa do barulho na noite desta quinta-feira (23), eram frequentes. Testemunhas afirmaram que essa não foi a primeira vez que as famílias se desentenderam por causa do barulho.
A discussão em um prédio de luxo terminou com três pessoas mortas em Alphaville, região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Um casal estava ouvindo música e o vizinho que estava no apartamento de baixo se irritou e atacou.
Míriam Cecília Amstalden Baida, que completaria 30 anos nesta sexta-feira (24), e o marido dela, Fábio de Rezende, de 40 anos, que era sub-síndico do prédio, foram mortos a tiros pelo vizinho porque estariam fazendo muito barulho.
O empresário Vicente Dalécio, de 60 anos, morava no 11º andar, no apartamento de baixo. Segundo a polícia, Dalécio invadiu armado a residência do casal. No corredor que dá acesso aos quartos, Míriam foi atingida por um tiro. O marido ainda tentou se proteger atrás da porta, mas também foi baleado.
Segundo um tenente da Polícia Militar, o filho do casal, de um ano e meio, estava no apartamento e não se feriu.
— Nos adentramos no apartamento, a criança estava debruçada sobre a mãe. Na sequência, foi retirada desse local e colocada juntamente com alguns vizinhos, de outro apartamento. Foi uma cena chocante.
O empresário que matou o casal foi encontrado morto dentro do elevador. Ele estava com a arma do crime, como conta o delegado Andreas Schiffmann, do departamento de Homicídios de Carapicuíba.
— É um revolver 38, de seis tiros. Ele teria efetuado seis disparos no apartamento da vítima, depois teria ido pro apartamento dele, recarregado a arma, e quando estava no elevador, descendo, teria dado mais um disparo nele.
O setor de homicídios de carapicuíba, que vai investigar o caso, já esteve no condomínio e conversou com a esposa do empresário. Ela disse que antes de pegar a arma e cometer o crime, o marido dela se irritou com o som que vinha do apartamento de cima.
O empresário, que não tinha passagem pela polícia, e a esposa são donos de uma empresa metalúrgica de São Paulo. A arma usada por ele era registrada. Amigos de Dalécio contaram que, recentemente, ele esteve internado por quatro em um hospital. O empresário estava com a Síndrome de Guillain Barré, uma doença rara na qual os nervos periféricos se deterioram. A polícia investiga se os medicamentos tomados por ele podem ter influenciado no crime.            
O bebê foi entregue para a avó materna pelo Conselho Tutelar e deve passar por acompanhamento psicológico. Os corpos dos pais da criança e do empresário foram levados ao IML (Instituto Médico Legal).

Fonte:R7

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