terça-feira, 11 de junho de 2013

Menina é obrigada a usar maconha sob ameaça de uma faca

Vizinhos da menina, na favela do bairro Monte Alegre, chamaram a PM ao ver dois rapazes oferecerem a droga à menina.

Uma criança de apenas 6 anos foi levada para a UBDS da Vila Virgínia, depois de ter sido obrigada a fumar um cigarro de maconha sob ameaça de uma faca. Vizinhos denunciaram o caso à polícia e informaram que a droga foi dada à criança por um adolescente de 16 anos e um homem de 18.
Os dois foram encaminhados para a delegacia. O homem, segundo informações da Polícia Civil, havia saído da prisão há dois meses. O caso aconteceu em uma favela do bairro Monte Alegre, na zona Oeste de Ribeirão Preto.
Os médicos responsáveis pelo atendimento da menina, informaram que ela já apresentava sintomas reduzidos da droga, mas ainda permanecia com mal-estar. Também foi realizado exame de sangue para comprovar a ingestão do entorpecente.
Em entrevista à EPTV, a mãe da menina, a diarista Daniela Matias Francisco, de 35 anos, conta que a filha estava brincando em frente à casa onde mora, quando um dos jovens impôs o cigarro de maconha à garota e disse para colocá-lo na boca ameaçando-a com um punhal na testa. “Ela entrou em casa mole, com cheiro de maconha, os olhos muito vermelhos e começou a chorar. A gente perguntou o que havia acontecido e ela contou os detahes”, afirma.
O A Cidade tentou entrar em contato com o Conselho Tutelar I, unidade que estava de plantão na sexta-feira, e com o Disque Denúncia (161), mas não foi atendido. As ligações foram feitas às 11h, às 14h06 e às 16h40. O boletim de ocorrência informa que esse conselho estava ciente do caso.
De acordo com a conselheira do Conselho Tutelar II, Rosemary Aparecida Pereira Honório, em situações como essa, o procedimento padrão é saber exatamente o que ocorreu.
“No caso dessa criança, é preciso saber onde estavam esses pais no momento em que isso aconteceu, se é comum a menor ficar na companhia deles e fora do ambiente do lar”, afirmou. “Esse trabalho de investigação deverá ser feito pelas nossas assistentes sociais”, completou.
Foi ato de violência, diz especialista
“O que aconteceu com essa menina de seis anos foi um ato de violência intencional, tanto do ponto de vista social como o de saúde. O caso foi grave, pois envolveu menores, a vítima e os agressores, além de ter colocado a vida da criança em risco.
Sou a favor que esse caso seja levado para o Juiz da Vara da Infância e da Juventude e que este opte não só pelas medidas cabíveis na Lei, mas também em ações socioeducativas para o adolescente de 16 anos.
Para o assunto como um todo, do ponto de vista dos agressores como usuários de drogas ilícitas e dependentes químicos, sou a favor da internação compulsória a partir do momento em que ele coloca em risco a vida dele e a vida de outros.” (Sérgio Kodato - Professor e coordenador do Observatório da Violência Institucional da USP) – Fonte: jornalacidade.com.br)




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