Abusos sofridos na infância podem ter causado distúrbios mentais que explicariam o crime brutal
Uma americana é acusada de assassinar os dois filhos, sua madrasta e o ex-marido nos Estados Unidos e agora deverá passar o resto da vida atrás das grades, sem a possibilidade de liberdade condicional.
O crime aconteceu em outubro de 2011 e, em abril deste ano, Susan Hendricks se declarou culpada durante o julgamento. As informações são do jornal The Huffington Post.
Em depoimento, ela relata que, horas antes de cometer o crime, reuniu a família para rezar, pois estava preocupada com o filho mais velho, Matthew, que aparentava tristeza após algumas pessoas terem esquecido de seu aniversário no dia anterior.
Horas após a oração, a mulher encontrou Matthew morto por um tiro na cabeça. Quando os paramédicos chegaram à casa da família para prestar socorro, descobriram que os demais membros da família também estavam mortos. A versão de Susan é de que o rapaz havia matado todos e, em seguida, atirado em si mesmo.
A documentação do caso traz detalhes sobre a tentativa de suicídio cometida por Susan, nove meses após sua prisão, além do fato de que seu filho mais novo, de 20 anos, havia se mudado de volta para casa apenas dois dias antes do crime.
Testemunhas do caso relembraram que, em certa ocasião, Susan já havia atirado no pé de um de seus filhos em um momento de raiva, além de ter matado um homem que invadiu sua casa em 2006, alegando legítima defesa. O caso nunca foi julgado — a acusada possuía três armas de fogo guardadas em casa.
Os relatórios da cena do crime mostram uma ação rápida. O filho mais velho e a madrasta de Susan, uma senhora de 64 anos, foram mortos na casa que dividiam com a acusada, enquanto o filho mais novo e o ex-marido foram assassinados na casa ao lado, onde moravam.
Manchas de sangue e cartuchos de balas demonstram que Susan encurralou o próprio filho entre o quarto e o banheiro antes de matá-lo. Mark, com quem a mulher foi casada e teve seus dois filhos, foi baleado enquanto estava deitado no sofá.
A madrasta e o outro filho foram mortos e cobertos em suas próprias camas, como se estivessem dormindo.
A irmã de Susan foi quem chamou a polícia, após receber uma ligação da acusada, que em uma conversa rotineira comentou que o filho havia atirado em si mesmo.
Em depoimento, a mulher ainda tentou sustentar a versão do suicídio, mas acabou confessando o crime e dizendo que não chamou a emergência imediatamente porque não queria que ninguém levasse seu filho e acreditava que tudo poderia ficar bem.
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